26 de abr. de 2009

Sim,a aparência importa

Esse é o titulo de um matéria do UOL Times de hoje. Na matéria a autora resolveu analisar de uma forma mais formal o "fenômeno Boyle". Achei muito interessante a abordagem mais fundamenta em ciência do que em mera filosofia de programa feminino do tipo:"É amiiiiga... as aparências enganam!". Vou tentar resumir o artigo e caso se interessem mais clique aqui.
Por Pam Belluck
Há mais de uma semana, pessoas em ambos os lados do Atlântico têm usado a história de Susan Boyle - a solteirona escocesa desleixada que chegou à fama cantando no programa de TV "Britain's Got Talent" - como um exemplo de quão superficiais nos tornamos. Mas muitos cientistas sociais e outros que estudam a ciência dos estereótipos dizem que há motivos para avaliarmos rapidamente as pessoas com base em sua aparência. Julgamentos rápidos a respeito das pessoas são cruciais para o modo como funcionamos, eles dizem - mesmo quando esses julgamentos são muito errados. "Estereótipos são vistos como um mecanismo necessário para entendimento da informação", disse David Amodio, um professor assistente de psicologia da Universidade de Nova York.

Susan Fiske, uma professora de psicologia e neurociência de Princeton, disse que tradicionalmente, a maioria dos estereótipos se divide em duas dimensões amplas: se a pessoa parece ter intenção maligna ou benigna e se a pessoa parece perigosa. De fato, a atração é uma coisa que reforça o estereótipo e faz com que se cumpra. Pessoas atraentes têm "crédito de serem socialmente hábeis", disse Fiske, e talvez sejam, porque "se uma pessoa é bonita ou simpática, as outras pessoas riem das piadas dela e interagem com ela de uma forma que facilita a interação social"."Se uma pessoa não é atraente, é mais difícil conseguir todas estas coisas porque as outras pessoas não a procuram", ela disse.

Quando as pessoas não se encaixam em nossas noções pré-concebidas, nós tendemos a ignorar as contradições, até serem dramáticas demais para ignorar. Nestes casos, disse John F. Dovidio, um professor de psicologia de Yale, nós nos concentramos na contradição - a voz de Boyle, por exemplo. Apesar disso nos fazer vê-la mais como um indivíduo, nós também "encontramos uma forma do mundo fazer sentido de novo, mesmo que para isso digamos: 'Esta é uma situação excepcional'. É mais fácil para mim manter as mesmas categorias na mente do que chegar a uma explicação para as coisas que são discrepantes".

Dovidio disse que encontrar discrepâncias nos estereótipos provavelmente "cria um tipo de estímulo autonômico" em nosso sistema nervoso periférico, provocando picos de cortisol e outros indicadores de estresse. "O estímulo autonômico nós motivará a fazer algo naquela situação", ele disse, especialmente se a situação é perigosa. Helen Fisher, uma professora de antropologia da Rutgers, teoriza que no caso de Boyle, os telespectadores também passaram por uma "onda de dopamina" com a surpresa agradável de ouvir a voz dela. "A novidade aumenta a dopamina no cérebro e faz você se sentir bem", ela disse. Isto pode ajudar a explicar por que tantas pessoas foram atraídas pela história de Susan Boyle. Mas o fato de aceitarem a ela e outros azarões subestimados dificilmente mudará nosso gosto pelo estereótipo.

A sociedade moderna, com sua consciência dos preconceitos ao longo da história e sua capacidade sem precedente de apresentar tantos tipos diferentes de pessoas umas às outras, pode diluir ou mesmo neutralizar algumas noções pré-concebidas. Mas outras persistirão e novas surgirão, dizem os especialistas.

"A matéria-prima de dizer que você está comigo e ela não está é algo que está sempre presente", disse Berreby. "Não é algo que inventamos por causa da TV ou do carro. Também não é algo ligado à vida moderna. É algo inerente à mente."

Por hoje é só.
VM

Um comentário:

Mulheres Neura disse...

Olá moço

lembrei do Nelson Rodrigues que dizia:

"as feias que me perdoem, mas beleza é fundamental".

creio que os pré-conceitos estabelecidas por cada um, com base nas suas experiências é que contribui para que muitos acreditem que o feio, pobre ou inferior a quem julga, faça com que tenha a crença de que aquela pessoa não possuí dons, virtudes ou algo que as torne especiais. Ledo engano de todos que pré-julgam, estabelecem préconceitos antes de darem a oportunidade de outros provarem se são mais do que aparentam ser.

Vale a pena, despir-se de pré-conceitos e receber a todos com 100% de confiança.

beijos

Patifa