25 de mar. de 2009

Confissões de um pós-adolecente

Não lembro de ter assistido nenhum episódio da famosa série, mas hoje no auge dos meus 22 anos percebo que a minha adolescência não foi cheia de experiências diferentes mas mesmo assim acho que foi muito bem aproveitada e hoje me vejo muito melhor do que antes...

Momentos que fizeram diferenças durante esse período:

1. Mudança para São Paulo:
Como vocês podem ler no meu perfil, eu cresci em Goiás, mais precisamente em Minaçu, em um dado momento minha mãe resolveu que a vida lá não ia muito bem e que viria para São Paulo. Para mim isso significava deixar todas as minha raízes, amigos de infância, família e tudo mais que tem valor para mim até hoje. Foi duro chegar em um lugar novo, com poucas referências de amizade, com um viver muito mais confuso que aquele de um cidadizinha do interior de Goiás. Isso me levou a uma depressão, que consegui me livrar depois de perceber que apesar dos pesares eu tinha que encarar com um adulto (que eu não era) que aquilo ia ser muito melhor para minha vida. E foi!

2. Voltar a conviver com meu pai:
Novo detalhe que vocês não sabiam, cresci sem meu pai por perto, separados desde de muito cedo meu pai e minha mãe não se davam bem (e ainda hj não se dão), isso me fez crescer sem um referencial masculino dentro de casa. Isso foi suprido pelo meu avô, mas ele era meu avô e não pai então é diferente, mas ainda sim tenho muito dele e tenho muito orgulho disso. Conviver com meu pai acrescentou um lado que eu não tinha no meu carater, o lado paterno que qualquer homem tem mesmo não sendo pai. Passei a ver meu pai com outros olhos, outras palavras, novos sentimentos, novidades que me ajudaram a me adaptar ao mundo novo que eu estava entrando.


3. As novas amizades feitas:
Sim! Elas me ajudaram muito. As da escola que me ajudaram a enfrentar vários desafios, os preconceitos que outras pessoas que me viam com um diferente já que eu era de estado diferente, com hábitos diferentes, ou seja, um estranho no ninho... Digo isso porque eu nunca me dei muito bem com homens não gostava dos assuntos deles, das coisa deles, de como eles levavam a vida dentro e fora da escola, de como lidavam com as meninas, de como eles eram machistas apesar da pouca idade. Essas minhas diferenças levavam eles me tacharem com homossexual (para ser gentil) e a me excluir em diversos momentos, na minha cabeça isso era bem resolvido e com o apoio das minhas amizades (amigas) tudo foi bem simples.

4. Fazer parte de grupos diferentes
Isso porque eu frequentava vários grupos de pessoas diferentes: uma na escola, um na igreja um no trabalho (comecei com 16 anos). Cada um com pessoas que pensavam diferente e me faziam refletir sobre cada uma das coisa que eu via. Da escola eu já contei. Na igreja me faziam refletir sobre os assuntos do dia-a-dia com olhar da doutrina que sigo, sem ser fundamentalista e sempre ponderando cada ponto apresentado. Essa experiência do pensar me fez ser um pessoa muito melhor e mais segura no que faço. Além disso, como passei a trabalhar dentro de um grupo nessa igreja eu desenvolvi um outro lado, meu lado mais falante pois até então eu era quase um coco verde de tão tímido. E no trabalho eu exercitava esse lado e descobria que as pessoas não são bichos-papão e não mordem, além de ter certeza que ser nutricionista era o meu destino, já que eu trabalhava com TI e não gostava nada, nada.


5. Entrar para a faculdade
Esse foi o passo mais feliz da minha adolescência, digo adolescência pq descobrir que ia fazer nutrição, em uma das melhores particulares de São Paulo, e o melhor de graça, com 17 anos. Isso na minha cabeça me elevava a um ponto que eu jamais pensaria em chegar. Isso comprovava para mim que Deus estava do meu lado, que eu era sim CDF e daí, e que minha vida estava apenas começando e ia ser muito bom vive-lá.


Hoje com 22 vivo a minha vida muito feliz, em uma cidade muito lôca que pode me deixar louco mas e daí
VM

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